A Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes) e lideranças rurais capixabas receberam os candidatos ao Governo do Estado para um diálogo sobre as propostas voltadas para o agronegócio capixaba, que ocorreu dia 24 de setembro, na sede da Federação, em Vitória. Na ocasião foi entregue pela Faes a todos os candidatos um documento com reivindicações que visam avanço na agropecuária capixaba.
O
candidato ao Governo do Estado, Renato Casagrande (PSB), participou do Diálogo do
Agro, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo
(Faes). Na ocasião, o candidato destacou suas propostas: educação voltada para
atividade rural, conclusão de obras nas estradas, além de sentar para discutir
com os produtores sobre cobrança pelo uso d’água.
Casagrande
também defendeu pontos como patrulha rural, educação com foco na agricultura,
saúde, manutenção da equiparação do ICMS do café conilon com arábica, além da
conclusão de obras. Ao ser questionado sobre a cobrança do uso d’água para
produtores rurais, o candidato se deixou a disposição para definir o pagamento
ou não junto ao setor produtivo, caso eleito.
Devido
à insegurança que os produtores rurais sofrem, Renato Casagrande relembrou o
programa Estado Presente, que em sua gestão contratou seis mil policiais e os
investimentos em viaturas. Disse que pretende atuar com responsabilidade. “Conheço
esse estado e seus desafios e potencialidades. Precisamos de responsabilidade
política, e com dinheiro público devemos definir prioridades, pois nem tudo
cabe no orçamento”, disse.
Por
fim, o candidato destacou a importância de recompensar o produtor com políticas
públicas, além de afirmar que continuará com o pagamento por serviços
ambientais e reflorestamento.
Em
um diálogo com as lideranças rurais capixabas, realizado pela Federação da
Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (Faes), a candidata ao Palácio
Anchieta, Rose de Freitas (Podemos) disse ser contra a cobrança pelo uso d’água
para os produtores ao apresentar suas propostas de governo.
A
cobrança pelo uso d’água aos produtores rurais é um ponto de muita importância e
discussão para o setor. Na oportunidade, a candidata do Podemos afirmou ser
contra essa cobrança. “Os agricultores pagam a conta do Brasil sendo um dos
setores mais relevantes para o PIB brasileiro. Em meu governo defenderei que
não sejam cobrados, pois já carregam o país nas costas”, disse.
Rose
de Freitas também apresentou suas propostas para o desenvolvimento da saúde e
educação no interior do estado. Segundo ela, é necessário se organizar como
sociedade e não deixar faltar escolas e fechar hospitais. A saúde no interior
precisa se colocar de pé com equipamentos e recursos.
Rose
de Freitas destacou a importância que a agricultura possui no Espírito Santo e
a necessidade de se trabalhar com políticas públicas para manter a
agropecuária, melhorar a sua infraestrutura no interior e ajudar o produtor a
seguir com a produção.
A
candidata ainda prometeu, se eleita, defender os interesses do setor junto ao
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), principalmente para a
continuação da equiparação do ICMS do café conilon com arábica.
O candidato
a governador do Estado, Aridelmo Teixeira (PTB), apresentou para as lideranças
rurais capixabas suas propostas de governo voltadas para agricultura, na sede
da Federação, em Vitória.
Segundo
ele, seu programa de governo abordará educação com profissionalização da gestão
pública, retomada de obras paralisadas e melhoria nos Caminhos do Campo. Outro
ponto de destaque é que Aridelmo defende a cobrança pelo uso da água, desde que
se invista nos reservatórios.
O
candidato também defende que medidas compensatórias por serviços ambientais
realizados pelos produtores rurais sejam implementadas, pois é necessário
retribuir o produtor, valorizando-o economicamente. “Precisamos encontrar uma
forma de ajudar quem produz preservando o meio ambiente. O produtor que
preserva precisa receber o que perdeu de área produtiva”, disse Aridelmo.
Na
educação, Aridelmo Teixeira acredita que os cursos de tempo integral da Escola
Viva devem ser voltados para a agricultura também, além do investimento em tecnologias
para desenvolvimento do campo. “Ao revolucionar a educação diminuiremos
significativamente a insegurança”.
Ao
ser questionado sobre a equiparação do IMCS do café conilon com arábica, o
candidato afirmou que se está em vigor não tem porque o seu governo mudar, caso
seja eleito. E salientou que em seu mandato não haverá contratação por
indicação, só qualificados atuarão na área.
Manato destacou a
importância do patrulhamento rural e da criação de policiamento de divisa, com
a finalidade de apreender drogas, carros e cargas roubadas. Além do uso de
drone nas áreas de risco.
Profissional da área
da saúde, formado em medicina, o candidato também defendeu essa bandeira. Manato,
entende que hospitais devem ter urgência e emergência, UTI e capacidade para
cirurgias de médio porte, o que evitaria o deslocamento de pacientes para a
região metropolitana. “Fortalecer a saúde do interior é uma das formas de
ajudar a agricultura”, disse.
Outro foco de sua
gestão será na melhoria das estradas. O candidato afirmou que em parceria com
as prefeituras transformará as pontes de madeira em concreto, facilitando o
escoamento de produção, a circulação de ônibus escolar e de ambulâncias, além
de recuperar os Caminhos do Campo.
Ao fim, os
presidentes dos sindicatos rurais tiveram 15 minutos para esclarecer suas
dúvidas. Manato finalizou destacando a importância de criar políticas públicas
que mantenham o homem do campo em seu lugar de origem. “O filho deve ir para a
cidade estudar e depois voltar para administrar a propriedade, mantendo a
tradição de sucessão familiar”.
O presidente da Faes,
Júlio Rocha, encerrou o diálogo agradecendo a participação e reforçou a
importância de construir parcerias para ampliar a educação profissional e a
assistência técnica ofertada aos produtores rurais.
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