Secretaria de Educação de Linhares implementa orientações curriculares para educação escolar quilombola no Pontal do Ipiranga

Secretaria de Educação de Linhares implementa orientações curriculares para educação escolar quilombola no Pontal do Ipiranga

No dia em que é celebrado o reconhecimento do Quilombo Degredo, nesta segunda-feira (20/5), a Secretaria Municipal de Educação avança dando um passo importante na implementação de orientações curriculares voltadas à Educação Escolar Quilombola, nas unidades de ensino que atendem ao Quilombo Degredo, em Linhares. O documento foi entregue ao Ceim Agostinho Rigoni e à Emef Manoel Martins, em Pontal do Ipiranga. A iniciativa faz parte das ações do Programa de Educação das Relações Étnico-racial, que visa promover a inclusão e valorização das diversas identidades étnicas no ambiente escolar.

O documento de “Orientação Curricular da Educação Escolar Quilombola” é um guia central neste processo. Ele propõe o desenvolvimento de habilidades culturais e educacionais concentradas em diversos eixos do Ensino Fundamental, proporcionando uma abordagem holística e integrada que abrange: Arte e Cultura Quilombola; Ciências e Conhecimentos Tradicionais; Educação Física e Corporeidade; Etnocálculos; Geografia e Território Quilombola; História e Memória Coletiva; Língua Inglesa e Língua Portuguesa e Narrativas Quilombolas.

A diretora do Ceim Agostinho Rigoni, Pollyanna Calmon Cavalcanti Silva, relatou que o documento traz um direcionamento de como abordar a temática com os estudantes.

“No nosso plano de ação trabalhamos a cultura local para que as crianças se reconheçam como parte dela. Esse documento vem para somar, pois se torna uma referência. Com ele temos estabelecidos os parâmetros de como trabalhar e abordar alguns assuntos, a fim de direcioná-los de forma mais acolhedora e afetiva”, disse a diretora. Também participou da reunião a gestora da Emef Manoel Martins, Weruska Machado Dadalto.

Localizado no distrito de Pontal do Ipiranga, o Quilombo Degredo foi oficialmente reconhecido pela Fundação Palmares no dia 20 de maio de 2016, pela portaria nº 104/2016, tornando-se a primeira comunidade quilombola reconhecida no município, conforme explicou a secretária de Educação, Maria da Penha Valani Giuriatto.

“Desde o reconhecimento oficial do Quilombo Degredo, a Secretaria de Educação vem trabalhando intensivamente para criar um ambiente educacional que reflita e respeite a rica herança cultural dos estudantes quilombolas”, relatou a secretária de Educação.

Formação e divulgação em toda a rede

Além da implementação curricular, a Secretaria de Educação planeja promover momentos de formação para educadores em toda a rede municipal nos próximos meses. Essas formações serão dedicadas ao estudo, pesquisa e divulgação do processo de reconhecimento do Quilombo Degredo, bem como dos elementos artísticos, culturais, sociais e econômicos que compõem a comunidade.

“A realização dessas ações visa não apenas a integração dos estudantes quilombolas, mas também a sensibilização de toda a comunidade escolar sobre a importância da diversidade e do respeito às diferentes identidades culturais. Com essas medidas, a Secretaria de Educação reafirma seu compromisso com uma educação inclusiva e plural, que reconhece e valoriza a contribuição das comunidades quilombolas para a riqueza cultural do município”, destaca a secretária de Educação, Maria da Penha Valani Giuriatto.

Desenvolvimento de Habilidades Culturais e Educacionais

– Arte e Cultura Quilombola: enfatizando a expressão artística e as tradições culturais específicas da comunidade quilombola;

– Ciências e Conhecimentos Tradicionais: integrando saberes ancestrais e práticas tradicionais no ensino das ciências;

– Diversidade Religiosa: reconhecendo e respeitando a pluralidade religiosa presente nas comunidades quilombolas;

– Educação Física e Corporeidade: valorizando a cultura corporal e as práticas físicas tradicionais;

– Etnocálculos: abordagens matemáticas contextualizadas com a realidade e cultura quilombola;

Geografia e Território Quilombola: explorando a relação histórica e contemporânea da comunidade com seu território;

– História e Memória Coletiva: promovendo o estudo da história local e das memórias coletivas da comunidade;

– Língua Inglesa e Língua Portuguesa e Narrativas Quilombolas: incentivando o bilinguismo e o uso das narrativas tradicionais como ferramentas pedagógicas.

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