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Agroindústria capixaba dribla escassez momentânea de banana

A Doces Fardin aposta no estoque da polpa da fruta e na compra de outros Estados.

Redacão
Por: Redacão
02/04/2025 às 12h32
Agroindústria capixaba dribla escassez momentânea de banana
Doces Fardin em Vargem Alta (ES)

Os primeiros meses de 2025 no Espírito Santo foram marcados tanto por chuvas intensas, com precipitações acima de 300 milímetros (mm) em poucos dias, quanto por uma onda de calor, com temperaturas acima de 35ºC. Além de transtornos e prejuízos para moradores de diversas cidades capixabas, tais condições climáticas impactaram a produção de uma fruta muito consumida no dia a dia: a banana.

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Segundo Romildo Fardin, fundador da Doces Fardin, agroindústria de Vargem Alta, na região sul, estima-se que a produção da fruta no Estado caiu cerca de 40% nos últimos meses. “Em 2024, enfrentamos um período bem seco, com alguns meses sem chuva. Logo depois vieram as precipitações de dezembro e janeiro. Pela lógica, teríamos um verão chuvoso, só que não foi o que aconteceu. A previsão era de chuva abaixo da média prevista para esse período do ano, mas sequer choveu. Além disso, tivemos a onda de calor em fevereiro, o que causou o estresse hídrico das plantações de banana e seu amadurecimento mais rápido”, explica.

Para driblar a escassez momentânea da banana e seguir com a produção normal de doces, a agroindústria aposta na estocagem da polpa da fruta adquirida das 140 famílias de pequenos produtores rurais da região que fazem parte do grupo Amigos do Campo. Em casos mais extremos, no entanto, como acontece agora recorre à compra de bananas de outros Estados, como Bahia e Pernambuco. 

“Quando nosso estoque de polpa está acabando, optamos por trazer a fruta de fora do Espírito Santo, o que modifica o tempo dos nossos processos e gera custos maiores, principalmente de logística. O trajeto até Vargem Alta dura cerca de oito dias e, muitas vezes, a fruta amadurece no percurso. Precisamos fazer uma seleção porque nem todas chegam com boa qualidade. É um gasto a mais que acabamos absorvendo para não repassar o valor para os clientes, nem deixar faltar o produto. Mas essa é uma solução temporária, porque em breve teremos um pico de produção de banana novamente. Teremos que ter estrutura para estocar o máximo possível de polpa”, explica Romildo. 

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Romildo acredita, no entanto, que as plantações serão cada vez mais afetadas pelas mudanças climáticas, o que vai exigir adaptações tanto da agroindústria quanto dos produtores rurais. “Precisaremos desenvolver ações de manejo e buscar novas tecnologias para proteger o solo e manter a umidade das áreas de cultivo. Além disso, precisamos fazer bem a nossa parte de cuidar do meio ambiente”, defende.

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